A república da soja: origens e consequências da exportação agrícola de soja na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er24.166Palavras-chave:
Argentina; soja; agronegócio; economia rural; meio Ambiente; comunidades indígenasResumo
O boom das agroexportações de soja e a conseqüente expansão das fronteiras agrícolas mudaram profundamente a sociedade e o mundo rural da América do Sul, com formas e especificações específicas em cada território. A atitude produtivista perpetrada desde a década de 1970 teve consequências negativas em termos ambientais, econômicos e sociais que impactaram os territórios mais frágeis para os quais a economia agrícola voltada para a exportação é a chave de seu desenvolvimento estrutural. cultura essencial nas últimas décadas e a expansão da agricultura intensiva tem causado um aumento na demanda por soja. O estudo de caso considerado nesta tese é a Argentina, território em que a expansão da fronteira agrícola e o protagonismo das multinacionais do agronegócio provocaram o desmatamento de áreas ecológicas frágeis, a destruição dos ambientes biodiversos dos Pampas e a conseqüente expulsão dos indígenas comunidades que habitaram esses espaços durante séculos. O contexto político argentino, com suas contradições e complexidades, formou um cenário político nas últimas décadas que favoreceu esse processo. A análise crítica é construída neste trabalho através do estudo e consulta de ensaios científicos, documentos da Comissão Européia e do governo argentino, a fim de realizar um exame fundamentado das contradições do atual modelo de produção agrícola, baseado mais uma vez em uma numa visão e divisão do mundo em centro e periferia.