Suinocultura em um espaço de Fronteira: imagens e paisagens (Oeste de Santa Catarina - décadas de 1920 A 1950)
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er27.455Palavras-chave:
colonização, suinocultura, paisagemResumo
O presente trabalho busca lançar algumas considerações a respeito da suinocultura praticada no Oeste de Santa Catarina e das transformações da paisagem advindas deste processo, entre a década de 1920, quando se inicia a colonização na região, até sua consolidação, ocorrida nos anos 1950. A criação de porcos acompanhou o povoamento da região desde pelo menos a segunda metade do século XIX, quando eram criados soltos em florestas com pouco manejo e de forma extensiva pela população cabocla. Essa forma de criação entrou em desestruturação a partir da colonização, que promoveu profundas alterações na paisagem e a partir da qual as florestas paulatinamente foram cedendo lugar às lavouras e serrarias, levando ao fim da prática da suinocultura. A criação de porcos, contudo, também era vista nas propriedades dos colonos, onde era feita de forma fechada, sendo viabilizada pela adoção do binômio milho-porco. Sua produção era destinada tanto ao consumo local quanto à comercialização nas médias e grandes cidades do Sul e do Sudeste do país, funcionando como base para o nascente setor agroindustrial regional. Para compreender esse processo de transformações na paisagem, registrado através da produção de imagens do passado, a pesquisa trabalha com os preceitos da Geografia Histórica, partindo da ideia da indissociabilidade do espaço e do tempo.