O Movimento Rural de Ação Católica no Chaco (1964-1972). Uma reconstrução histórica em chave agrária.
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er30.563Palavras-chave:
História recente, Movimento social rural, Participação política das mulheres.Resumo
A tese abordou o processo de organização política vivido pelos pequenos e médios produtores de algodão da província do Chaco durante a década de 1960 e início da década de 1970. A organização desses produtores foi possível graças ao trabalho do Movimento Rural da Ação Católica Argentina (doravante denominado MR). Após uma primeira etapa de organização interna, surgiram na vida pública participando de mobilizações massivas e ações diretas na região algodoeira da província. Ao longo desse processo, o MR se constituiu como um movimento social que possuía uma identidade própria que ultrapassava a católica. A sua identidade foi também definida pela organização social territorial que desenvolveu, pela defesa da produção e comercialização agrícola e pela faixa etária da maioria dos participantes. Além disso, o MR foi um ator social onde começou a se cristalizar uma corrente de gênero que tentava dar visibilidade ao trabalho das mulheres rurais e que estimulava sua formação e participação política. Finalmente, em 1972, quando a mobilização do MR foi considerada excessiva para a hierarquia eclesial, tomou a decisão de expulsá-lo da Acção Católica.