Impactos ambientais, socioeconômicos e tecnológicos da viticultura de base familiar, em região de clima quente no estado do Espírito Santo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er30.526Palavras-chave:
viticultura tropical, agricultura familiar, desenvolvimento, impactos, sustentabilidadeResumo
A avaliação do impacto de tecnologias agropecuárias permite estimar os benefícios que uma atividade/tecnologia pode gerar à sociedade. Serve também para apresentar à sociedade a efetividade dos seus resultados, frente aos recursos públicos aplicados na implementação dessas tecnologias e/ou políticas públicas. O presente trabalho estimou os impactos ambientais, socioeconômicos e tecnológicos da viticultura praticada em uma região de clima quente no município de Guarapari, estado do Espírito Santo, Brasil. Como abordagem metodológica, foi utilizado o Sistema de Avaliação de Impactos de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec-Agro), sendo acompanhadas sete unidades produtivas familiares, por três safras consecutivas (2020, 2021 e 2022). A viticultura foi uma atividade que apresentou melhoria nos níveis de sustentabilidade, com índices positivos de impacto nas dimensões ambiental (2,91), econômica (6,29) e social (4,74), com índice geral médio de impacto de 4,02. Os ganhos modestos na dimensão ambiental, revelam que é preciso fortalecer as práticas de equilíbrio ambiental. A dimensão econômica apresentou melhor desempenho, atribuídos ao aumento da produtividade e às boas práticas de gestão. Os ganhos sociais foram atribuídos ao empoderamento dos agricultores familiares, melhoria da renda e a oferta dos serviços de Pesquisa e Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Para melhorar os níveis de sustentabilidade é preciso explorar novos nichos de mercado, verticalizar os sistemas produtivos (agroindústrias) e aumentar a interação com o meio urbano através do turismo rural.