Conhecimento ecológico tradicional e consumo alimentar: sociobiodiversidade na reserva extrativista Tapajós-Arapiuns, Amazônia brasileira

Autores

  • Ellen Priscila Farias de Freitas Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Danielle Wagner Silva Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Iani Dias Lauer-Leite Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Jaílson Santos de Novais Universidade Federal do Sul da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.48160/22504001er30.490

Palavras-chave:

unidade de conservação, populações tradicionais, etnoecologia, agricultura familiar, produtos florestais não madeireiros

Resumo

Neste texto, discutimos o processo de transmissão intergeracional do conhecimento ecológico tradicional (CET) acerca do consumo de produtos da sociobiodiversidade por famílias agroextrativistas de uma comunidade rural da Amazônia brasileira. A pesquisa tem aporte teórico-metodológico nas categorias teóricas populações tradicionais e transmissão intergeracional de conhecimento e nas categorias analíticas sociobiodiversidade e hábitos alimentares. Os resultados ressaltam a relação das famílias com a floresta e com os quintais como atividades significativas na configuração da comunidade e na reprodução social das famílias. Apesar do contexto de mudanças, o consumo alimentar de espécies florestais oriundas do extrativismo ou cultivadas nos quintais é o principal meio de comunicação do CET sobre a biodiversidade usada na alimentação, o que favorece a reprodução da memória biocultural.

Biografia do Autor

Ellen Priscila Farias de Freitas, Universidade Federal do Oeste do Pará

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2017), Mestra em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais da Amazônia - PPGRNA (2021), Esp. em Sustentabilidade e Políticas Públicas e Esp. em Auditoria e Perícia Ambiental. É pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Odisseia vinculada a UNB. Desenvolve pesquisas com Comunidades tradicionais e Agricultura familiar relacionada em temas relacionados ao Desenvolvimento Rural e à Agroecologia, com ênfase em Políticas Públicas.

Danielle Wagner Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal do Pará (2006). Cursou o mestrado em Agricultura Familiares e Desenvolvimento Sustentável pelo Programa e Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas do Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural da UFPA e o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS. Atualmente é Professora da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), coordena o curso de Agronomia no município de Rurópolis, projeto de pesquisa e de extensão universitária. Coordenou o curso de especialização em Pedagogia da Alternância e Desenvolvimento Rural. É pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural (GEPAD/UFRGS), do Grupo de Pesquisa Manejo Sustentável de Mandioca (UFOPA) e do INCT Odisseia. Tem experiência em educação do campo, agroecologia, agricultura familiar e políticas públicas para o rural. Desenvolve pesquisa em temas relacionados ao Desenvolvimento Rural e à Agroecologia, tais como processos de reprodução e transformação social da Agricultura Familiar, com foco nas políticas públicas, e sistemas agrícolas tradicionais. É membro da Diretoria da Rede de Estudos Rurais e da Associação Brasileira de Agroecologia (vice-presidenta Região Norte).

Iani Dias Lauer-Leite, Universidade Federal do Oeste do Pará

É doutora (2009) e mestra (2003) em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará, graduada em Administração (1999) pela mesma universidade. Foi professora adjunta no Instituto Multidisciplinar em Saúde Anísio Teixeira (UFBA) no qual ministrou a disciplina Psicologia para cursos de saúde. É professora adjunta IV na Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, atuando como docente no Centro de Formação Interdisciplinar. Colabora como orientadora no Programa de Pós-graduação em Educação - mestrado acadêmico e no Programa de Pós -Graduação Interdisciplinar em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida, mestrado acadêmico.

Jaílson Santos de Novais, Universidade Federal do Sul da Bahia

Licenciado e bacharel em ciências biológicas e mestre em botânica pela Universidade Estadual de Feira de Santana e doutor em botânica pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. É professor associado da Universidade Federal do Sul da Bahia, onde atua principalmente na Licenciatura Interdisciplinar em Ciências da Natureza. Atualmente, coordena pela UFSB o Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias Ambientais (UFSB/IFBA) e é docente permanente do PPG em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida da Universidade Federal do Oeste do Pará. Atua em linhas de pesquisa nas áreas de (1) palinologia em sistemas naturais, (2) estudos pessoa-ambiente, principalmente conexão criança-natureza, e (3) ensino de ciências, ensino de botânica e em jardins botânicos. É membro do corpo editorial da Palynology, editor-chefe da Paubrasilia, e atua como referee para diversos jornais nacionais e internacionais. Integra o BASis/INEP.

Publicado

2024-12-26

Como Citar

Priscila Farias de Freitas, E., Danielle Wagner Silva, Dias Lauer-Leite, I., & Santos de Novais, J. (2024). Conhecimento ecológico tradicional e consumo alimentar: sociobiodiversidade na reserva extrativista Tapajós-Arapiuns, Amazônia brasileira. Estudios Rurales, 14(30). https://doi.org/10.48160/22504001er30.490

Edição

Seção

Artículos