Conhecimento ecológico tradicional e consumo alimentar: sociobiodiversidade na reserva extrativista Tapajós-Arapiuns, Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er30.490Palavras-chave:
unidade de conservação, populações tradicionais, etnoecologia, agricultura familiar, produtos florestais não madeireirosResumo
Neste texto, discutimos o processo de transmissão intergeracional do conhecimento ecológico tradicional (CET) acerca do consumo de produtos da sociobiodiversidade por famílias agroextrativistas de uma comunidade rural da Amazônia brasileira. A pesquisa tem aporte teórico-metodológico nas categorias teóricas populações tradicionais e transmissão intergeracional de conhecimento e nas categorias analíticas sociobiodiversidade e hábitos alimentares. Os resultados ressaltam a relação das famílias com a floresta e com os quintais como atividades significativas na configuração da comunidade e na reprodução social das famílias. Apesar do contexto de mudanças, o consumo alimentar de espécies florestais oriundas do extrativismo ou cultivadas nos quintais é o principal meio de comunicação do CET sobre a biodiversidade usada na alimentação, o que favorece a reprodução da memória biocultural.