Agroecologia na sociedade da positividade de Byung-Chul Han

Ensaio sobre o fazer agroecológico e a subjetividade neoliberal

Autores

  • Guilherme Smaniotto Tres Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Washington José de Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.48160/22504001er27.481

Palavras-chave:

Agroecologia, Neoliberalismo, Sociedade da positividade, Subjetividade contemporânea

Resumo

Nosso objetivo é qualificar, a partir da obra do filósofo Byung-Chul Han, implicações da sociedade da positividade neoliberal à prática agroecológica, indicando desafios e impasses. Han entende que a subjetividade contemporânea é marcada pelo excesso de positividade e a sensação de que, em busca de desempenho máximo, o indivíduo tem o poder de poder. Atomizado, o indivíduo volta-se a si mesmo em um narcisismo exacerbado, fazendo com que o outro, e tudo aquilo que remete às coisas do mundo que geram atritos, o negativo, desapareçam. Apesar de os movimentos agroecológicos resistirem às formas hegemônicas que orientam a produção agrícola contemporânea, desde o uso da terra até a privatização da biodiversidade, estão eles igualmente submetidos à subjetividade neoliberal. Nesse quadro, argumentamos que o fazer agroecológico, baseado em sistemas de crenças, cultos, rituais locais e temporalidade peculiares, se inviabiliza e, desse modo, tendem à homogeneização.

Publicado

2023-06-30

Como Citar

Smaniotto Tres, G., & Sousa, W. J. de. (2023). Agroecologia na sociedade da positividade de Byung-Chul Han: Ensaio sobre o fazer agroecológico e a subjetividade neoliberal. Estudios Rurales, 13(27). https://doi.org/10.48160/22504001er27.481

Edição

Seção

Ensayos