O CAPITAL, A MÍSTICA RELIGIOSA E A FOICE: LUTA AGRÁRIA NO BRASIL (1970-1980)
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er20.32Palabras clave:
Modernização da agricultura, Reforma agrária, MST, Teologia da libertação, Movimentos SociaisResumen
O artigo analisa o processo de formação do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e
a relação de mediação da Igreja Católica, em especial, com
a experiência da teologia da libertação. O texto discute a
modernização capitalista da agricultura ocorrida a partir da
internacionalização do capital na década de 1970 enquanto
contexto histórico do surgimento do conflito agrário no
estado do Rio Grande do Sul. Também trata dos elementos
históricos relacionados à gênese da autonomia do MST em
relação à Igreja Católica. A partir de documentos da CNBB,
da revisão de literatura e de entrevistas com lideranças do
MST, conclui-se que a Igreja Católica, através de suas pastorais
e entidades mediadoras, esteve no centro da organização e
maturação do MST, utilizando-se de processos teológicos
tradicionais e populares. Porém, com não mais de uma
década de existência, o movimento ganhou certa autonomia,
reconfigurando estratégias, ações e vinculações políticas.