A ritmanálise de Henri Lefebvre e as fraturas metabólicas na estrutura histórica do Antropoceno
DOI:
https://doi.org/10.48160/22504001er27.466Palavras-chave:
ritmoanálise, sustentabilidade, espaço-tempo, comunidadeResumo
No contexto do Antropoceno e das propostas de sustentabilidade, a reconsideração das abordagens teóricas que levam em conta tanto os aspectos históricos (temporais) quanto os processos geográficos (espaciais) dos fenômenos ambientais torna-se uma necessidade imperativa. A possibilidade de uma resolução bem sucedida da crise antropocênica em termos de sobrevivência humana depende de uma compreensão clara da novidade histórica do sistema de capital e de seu modo alienado e totalizante de controle metabólico social. Com base no trabalho sobre como Henri Lefebvre incorporou a teoria da fissura metabólica em sua teorização da produção do espaço, examinamos seu projeto ritualístico como um complemento ao seu trabalho no espaço, e analisamos como a produção conjunta do tempo e do espaço estrutura a vida diária em torno da dominação capitalista do tempo linear sobre os ritmos do corpo e da sociedade. Como o lugar (espaço) onde esta contradição se torna mais aguda, os ritmos corporais da vida cotidiana também estabelecem as bases para um modo alternativo de controle metabólico social, que busca a igualdade substantiva como um fim e uma condição prévia para a sustentabilidade.